Ela vem na pontinha dos dedos, de óculos e all star. Tão serena e cheia de segredinhos dentro da mochila. Vem com discos e filmes particulares, cheia de cartões postais pra mostrar. E ele do lado de lá, todo eufórico, sem óculos e também de all star. Meio sem jeito, dando passos largos em terra firme, com sede de amor e de todas aquelas coisas bonitas que parece nutrir e suprir.
Eis que cruzam o mesmo caminho em Tropeiros e de lá pra cá o mundo parece ter cores mais fortes. O que antes ele achava feio, ela até consegue convencer que é bonito! Faz ele ouvir Cartola e ser um pouco mais paciente. E o que ela achava absurdo, ele consegue provar que é legal e divertido. O que ela julgava tosco e impertinente, ele discursa e a faz pensar um pouco mais.
E eu, que vi tudo (ou quase tudo) de camarote, agora fico de queixo lá no chão sem saber ao certo o que pensar. De fato, desde quando cogitei essa idéia, já consegui imaginar fotos dos dois juntos e piquinique no parque, no domingo de manhã.
E se eu soubesse aconselhar, diria:
- Apertem os cintos e acelera. Deixa a estrada guiar, sem pretensões, sem medo do doloroso passado e do futuro incerto. Sigam em faixa contínua, sem ultrapassar nenhum detalhe, nenhum momento. Vivam, apenas!
Mas definitivamente, não sou boa nisso, nem velha o suficiente pra sair por aí dizendo o que se deve ou não fazer. Gosto mesmo é de ver amores surgindo, crescendo... Gosto quando os pares se formam, tão exatos, quase feitos sob medida; na verdade, se completando. Longe da perfeição ou de qualquer coisa parecida. Aliás, bem diferentes até, e talvez por isso, bem bonitos!
Eis que cruzam o mesmo caminho em Tropeiros e de lá pra cá o mundo parece ter cores mais fortes. O que antes ele achava feio, ela até consegue convencer que é bonito! Faz ele ouvir Cartola e ser um pouco mais paciente. E o que ela achava absurdo, ele consegue provar que é legal e divertido. O que ela julgava tosco e impertinente, ele discursa e a faz pensar um pouco mais.
E eu, que vi tudo (ou quase tudo) de camarote, agora fico de queixo lá no chão sem saber ao certo o que pensar. De fato, desde quando cogitei essa idéia, já consegui imaginar fotos dos dois juntos e piquinique no parque, no domingo de manhã.
E se eu soubesse aconselhar, diria:
- Apertem os cintos e acelera. Deixa a estrada guiar, sem pretensões, sem medo do doloroso passado e do futuro incerto. Sigam em faixa contínua, sem ultrapassar nenhum detalhe, nenhum momento. Vivam, apenas!
Mas definitivamente, não sou boa nisso, nem velha o suficiente pra sair por aí dizendo o que se deve ou não fazer. Gosto mesmo é de ver amores surgindo, crescendo... Gosto quando os pares se formam, tão exatos, quase feitos sob medida; na verdade, se completando. Longe da perfeição ou de qualquer coisa parecida. Aliás, bem diferentes até, e talvez por isso, bem bonitos!
(à N.Simões e L.Horta)
5 comentários:
"Gosto quando os pares se formam, tão exatos, quase feitos sob medida; na verdade, se completando".
isso é pra mim o mais aproximado da perfeição.
lindo Dayse Aguiar, lindo.
sorte pros dois.
p.s.:inédito na história da humanidade: Canarie ouvindo Cartola.o que o amor não faz.
Capacidade de observação sem igual. Estou de boca aberta e admirada de tão certeiras e lindas que foram as suas palavras.
Obrigada =)
p.s.: obrigada Indhiara =)
E agora eu vejo minha irmã com o amigo que senta ao meu lado. GZUIS. "São essências diferentes, mas que se dão bem". Taí. Pelo avesso é mais gostoso. Então que seja! Vamô que vamô!
p.s.: eu nem devia ter comentado, né? hehehe
Realmente tu não devia ter comentado cara.
hahaha, brinks!
hahaha,tudo começa em Tropeiros. Tai, vou comprar um pedaço um sitio lá.
Sensacional o texto Dona Aguiar, hahaha. Cartola e rock'n'roll.
Moça, lindo o que escreveu "À Pedrosa". Tomei emprestado, com as devidas referências, ok?
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